O Centro de Reabilitação e Prevenção de Deficiências
(CRPD) existe há dez anos. Os moradores de seu núcleo
residencial, e também as pessoas da comunidade vizinha,
encontram ali tratamento médico e odontológico,
fisioterapia, terapia ocupacional, informática educativa
e estimulação precoce para crianças de até 3 anos.
Saiba mais: <http://www.irmadulce.org.br>.
O uso da pulseira de pesos permite a digitação
mais rápida. Para outras situações, há o
estabilizador de punho, a ponteira para digitação
e hastes fixadas na boca e no queixo, quando
existe controle da cabeça.
Como trabalhar com as limitações físicas dos
alunos?
Há vários recursos que contribuem para a autonomia
e para a inclusão social da pessoa com necessidades
especiais ao processo de aprendizagem. São as
chamadas adaptações de acessibilidade. Uma simples
almofada com um pedaço de velcro, usada para
segurar em sua cadeira o tronco do aluno com
deficiência física, é uma adaptação de acessibilidade.
Dependendo da situação, usamos
o estabilizador de punho, a ponteira para digitação
e hastes fixadas na boca e no queixo,
quando existe controle da cabeça.
E se a escola não tiver computador?
De acordo com a necessidade de cada aluno, podem
ser criadas adaptações. Por exemplo, é possível utilizar
a pulseira de peso ou o estabilizador de punho
tanto para facilitar a digitação quanto no caso da escrita
no caderno; uma máscara de teclado pode ser
adaptada à máquina de escrever. Existem soluções
criativas e simples que facilitam o ato de escrever,
como fixar o papel na carteira, ou colocar um suporte
para levantar o caderno. É importante que o educador
crie adaptações, incentivando o aluno a procurar
a posição mais cômoda. Ao superar seus próprios
limites, ele ganha auto-estima e isso se reflete na
aprendizagem.
Que tipo de projeto seus alunos desenvolvem?
Eles pesquisam na internet, produzem textos e criam
histórias em quadrinhos, sobre os mais variados
temas. Alguns editam jornais on-line e impressos
que, entre outras matérias, incluem notícias sobre a
vida dos portadores de deficiência. Muitos criam sua
homepage e nela colocam letras de música, fotos
de seus ídolos e os poemas que escrevem. Além
das trocas de mensagens no correio eletrônico,
participam de listas de discussão na internet. Para
ter uma noção do que eles fazem, visite o site
<http://infoesp.vila.bol.com.br>.
Qualquer computador pode ser utilizado?
O próprio sistema Windows oferece alguns recursos
básicos, que a maioria das pessoas desconhece.
Basta entrar no menu Iniciar e clicar
em Configurações, Painel de controle e
Opções de acessibilidade. Esta janela orienta
o usuário, permitindo que faça várias adaptações,
de acordo com as diferentes necessidades.
Por exemplo: é possível configurar o teclado
para executar nele todos os comandos, dispensando
o mouse, para uma pessoa que tenha dificuldade
de coordenação motora.
Existem outras possibilidades de adaptação?
Há sites que oferecem gratuitamente programas especiais
de acessibilidade, como <http://www.lagares.org>
e a Rede Saci, <http://www.saci.org.br/kitsaci.html>. Mas
a escolha e a aplicação dessas adaptações devem partir
de uma análise cuidadosa das necessidades do aluno,
contando com a opinião de outros profissionais, como
o terapeuta ocupacional e o fisioterapeuta.
Como orientar o aprendizado de portadores de
deficiência?
Por sua própria limitação e pelo tratamento paternalista
que em geral recebe, a pessoa portadora de
deficiência tem uma interação restrita com o meio
em que vive. Se não for adequadamente estimulada,
assume uma posição de passividade, espera que os
outros resolvam seus problemas. E essa postura com
freqüência é reforçada na escola tradicional, quando
os alunos são tratados como se fossem apenas receptores
de informação, e não construtores de seu
próprio conhecimento. É fundamental oferecer aos
portadores de deficiência um ambiente de aprendizagem
que os ajude a sair da passividade. O trabalho
não deve partir das limitações, mas sim do potencial
de desenvolvimento de cada um. É importante
confiar no aluno, apostar em suas capacidades, em
suas aspirações mais profundas e em seus desejos
de crescimento e integração.
Qual é a metodologia adotada?
A tecnologia serve como recurso para desenvolver
as potencialidades cognitivas. Ela contribui para que
os portadores de necessidades especiais
ganhem auto-estima e autonomia para
resolver seus próprios problemas. Buscamos
valorizar a capacidade, a iniciativa e a criatividade
do aluno, considerado como sujeito da construção
de seu conhecimento. Os conteúdos são trabalhados
de forma interdisciplinar, a partir de projetos baseados
nas necessidades e nos interesses de cada um.
E o papel da tecnologia nesse processo?
As novas tecnologias de informação e comunicação
(NTIC) são aliadas poderosas na construção de ambientes
de aprendizagem que favoreçam o pensamento
livre e autônomo. A realização de projetos via internet,
por exemplo, abre as portas para um vasto
leque de atividades cooperativas. O correio eletrônico
dá ao aluno a possibilidade de intercambiar suas
produções e suas idéias em um amplo universo. Se o
trabalho é conduzido de forma a estimular a criatividade
e a iniciativa, não é o computador que ensina
ao aluno, mas sim o aluno que, ao aprender, também
“ensina ao computador”, criando e desenvolvendo novos
projetos.
Como trabalhar com as limitações físicas dos
alunos?
Há vários recursos que contribuem para a autonomia
e para a inclusão social da pessoa com necessidades
especiais ao processo de aprendizagem. São as
chamadas adaptações de acessibilidade. Uma simples
almofada com um pedaço de velcro, usada para
segurar em sua cadeira o tronco do aluno com
deficiência física, é uma adaptação de acessibilidade.
Dependendo da situação, usamos
o estabilizador de punho, a ponteira para digitação
e hastes fixadas na boca e no queixo,
quando existe controle da cabeça.
E se a escola não tiver computador?
De acordo com a necessidade de cada aluno, podem
ser criadas adaptações. Por exemplo, é possível utilizar
a pulseira de peso ou o estabilizador de punho
tanto para facilitar a digitação quanto no caso da escrita
no caderno; uma máscara de teclado pode ser
adaptada à máquina de escrever. Existem soluções
criativas e simples que facilitam o ato de escrever,
como fixar o papel na carteira, ou colocar um suporte
para levantar o caderno. É importante que o educador
crie adaptações, incentivando o aluno a procurar
a posição mais cômoda. Ao superar seus próprios
limites, ele ganha auto-estima e isso se reflete na
aprendizagem.
Que tipo de projeto seus alunos desenvolvem?
Eles pesquisam na internet, produzem textos e criam
histórias em quadrinhos, sobre os mais variados
temas. Alguns editam jornais on-line e impressos
que, entre outras matérias, incluem notícias sobre a
vida dos portadores de deficiência. Muitos criam sua
homepage e nela colocam letras de música, fotos
de seus ídolos e os poemas que escrevem. Além
das trocas de mensagens no correio eletrônico,
participam de listas de discussão na internet. Para
ter uma noção do que eles fazem, visite o site
<http://infoesp.vila.bol.com.br>.
Qualquer computador pode ser utilizado?
O próprio sistema Windows oferece alguns recursos
básicos, que a maioria das pessoas desconhece.
Basta entrar no menu Iniciar e clicar
em Configurações, Painel de controle e
Opções de acessibilidade. Esta janela orienta
o usuário, permitindo que faça várias adaptações,
de acordo com as diferentes necessidades.
Por exemplo: é possível configurar o teclado
para executar nele todos os comandos, dispensando
o mouse, para uma pessoa que tenha dificuldade
de coordenação motora.
Existem outras possibilidades de adaptação?
Há sites que oferecem gratuitamente programas especiais
de acessibilidade, como <http://www.lagares.org>
e a Rede Saci, <http://www.saci.org.br/kitsaci.html>. Mas
a escolha e a aplicação dessas adaptações devem partir
de uma análise cuidadosa das necessidades do aluno,
contando com a opinião de outros profissionais, como
o terapeuta ocupacional e o fisioterapeuta.
TEÓFILO ALVES GALVÃO FILHO é engenheiro, especialista em
Informática na Educação, e cursa mestrado em Educação
na Universidade Federal da Bahia. Coordena o Programa de
Informática na Educação Especial das Obras Sociais Irmã
Dulce, em Salvador, que em 2001 recebeu o Prêmio
Tecnologia Social, concedido pela Fundação Banco do
Brasil, em parceria com a Unesco.